Inovação no Agronegócio em um mundo em transformação

O cenário global de inovação no agronegócio vive uma encruzilhada. De um lado, há uma retração generalizada nos investimentos em tecnologia agtech e foodtech. De outro, os mercados emergentes começam a trilhar um caminho próprio de crescimento, apontando para um futuro onde a inovação no agro será menos uma escolha e mais uma necessidade estratégica — especialmente em tempos de disrupções tecnológicas e pressões climáticas. Em 2024, os investimentos globais em agrifoodtech recuaram 4%, segundo o mais recente relatório da AgFunder, mas mercados em desenvolvimento surpreenderam: cresceram 63%, atingindo US$ 3,7 bilhões — quase um quarto de todo o capital global. A América Latina, o Sudeste Asiático e a África se destacaram, com o Brasil figurando entre os principais receptores, mesmo com queda de 32% em relação ao ano anterior. Esse movimento mostra que, enquanto o capital busca mais cautela em mercados maduros, ele está cada vez mais atento ao potencial transformador da inovação nos países em desenvolvimento, especialmente no agro. Desafios e oportunidades em um mundo VUCA Vivemos em um mundo VUCA — volátil, incerto, complexo e ambíguo — que exige das empresas uma capacidade constante de adaptação. Nesse contexto, inovação não é mais periférica: é central. E não apenas para inovar produtos, mas para transformar modelos de negócio, criar novas fontes de receita e sustentar relevância no médio e longo prazo. A combinação entre: Inovação no agronegócios: setores promissores De acordo com o levantamento da AgFunder, entre os setores com maior captação e potencial nos mercados emergentes estão: Estes dados demonstram que há uma demanda latente por soluções que reduzam perdas, aumentem a produtividade e promovam inclusão — sem abrir mão da sustentabilidade. A importância de integrar IA e inovação aberta ao centro do negócio Segundo especialistas e líderes de inovação ouvidos pela AgFunder News, muitas corporações agroalimentares ainda tratam a inovação como algo marginal — sem conexão real com a estratégia central da empresa. É importante integrar de forma estratégica suas equipes de inovação ao avanço da inteligência artificial, fazendo com que esses times estejam no centro da estratégia de IA, sendo orquestradoras da transformação e hubs de conexão entre desafios operacionais, dados disponíveis e startups especializadas. A inteligência artificial, em especial, não pode ser explorada apenas como um experimento ou “prova de conceito”. Ela precisa ser pensada como uma alavanca de produtividade, eficiência e antecipação de riscos, do campo à mesa. Inovação gera resultado, mas exige visão de longo prazo Um dos maiores equívocos nas corporações é esperar que a inovação entregue ROI imediato. A verdade é que inovação estratégica gera valor de longo prazo, seja na forma de resiliência, reputação, vantagem competitiva ou novos fluxos de receita. As empresas que estão regredindo em suas iniciativas de inovação, por cortes orçamentários ou por visão de curto prazo, estão, na prática, abrindo mão do futuro. Já aquelas que seguem investindo, mesmo em ciclos econômicos adversos, estão plantando os frutos da próxima década. Conclusão: o agro real e o agro tecnológico precisam crescer juntos O crescimento dos investimentos em mercados emergentes mostra que o ecossistema de inovação no agro está cada vez mais forte e conectado. É hora de aproximar o agro real do agrotecnológico — com pontes de confiança, investimento e colaboração. O futuro das startups passa pela sua capacidade de resolver problemas reais. E o futuro do agro depende da sua capacidade de adotar essas soluções de forma estratégica. Em um mundo incerto, a única certeza é que inovar não é mais uma opção. É uma questão de liderança. Acompanhe a nossa newsletter semanal no LinkedIn para estar sempre informado:
Tecnologia e a educação no agronegócio com Maurício Garcia

Cientista digital, conselheiro e consultor da Inteli, IBBX e Agroadvance, Maurício Garcia traz sua visão de como a tecnologia e a educação estão redesenhando o futuro do agronegócio. Do software na pecuária nos anos 90 à inteligência artificial, ele mostra que inovação não é sobre ferramentas — é sobre pessoas preparadas para usá-las. Neste episódio, falamos sobre: 💡 “Você não aprende algo novo quando acha que está certo em tudo.”Essa é só uma das muitas reflexões que você vai ouvir nesse papo profundo, técnico e inspirador. 🎧 Ouça agora no YouTube ou nas principais plataformas de áudio.
Big Data e Agricultura de Precisão

A tecnologia transformou todos os setores, incluindo o agronegócio. Com a digitalização, grande parte das operações agora é realizada de forma online e automatizada, gerando uma infinidade de dados essenciais para a tomada de decisão. Como destacou o matemático britânico Clive Humby, “dados são o novo petróleo”, evidenciando o valor da informação na era digital. E, se com menos informação disponível a produtividade da agropecuária brasileira aumentou 400% entre 1975, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), há um enorme potencial de crescimento com a precisão de dados, também necessária para a resiliência climática em um cenário cada vez mais desafiador. Big Data: O Novo Motor da Indústria 4.0 De acordo com a IDC, geramos diariamente cerca de 2,5 quintilhões de dados, um volume que representa o conceito de big data. Essa revolução tecnológica está diretamente associada à Indústria 4.0, um termo criado por Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial, em 2016, para descrever a quarta fase da revolução industrial. No agronegócio, essa revolução digital tem mudado significativamente o setor, especialmente com a crescente adoção de tecnologias de precisão. Agricultura de Precisão: Uma Nova Era para o Agronegócio A agricultura de precisão (AP) é uma metodologia que utiliza dados para gerenciar propriedades agrícolas de forma mais eficiente. De acordo com um relatório da Berg Insight, o mercado global de soluções de agricultura de precisão crescerá de 3,1 bilhões de euros em 2022 para 5,2 bilhões de euros até 2027, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 11,4%. Esse crescimento reflete o potencial de big data e tecnologias avançadas em aumentar a produtividade e resiliência do setor. A Importância da Coleta de Dados no Agronegócio A coleta de dados é o primeiro passo para uma tomada de decisão precisa no agronegócio. Atualmente, as principais formas de coleta de dados nas fazendas incluem: Inteligência Artificial: O Futuro da Tomada de Decisão no Campo Com o aumento da coleta de dados no agronegócio, cresce também a necessidade de armazenamento em nuvem e de ferramentas mais robustas de análise. Segundo uma pesquisa da Gartner, 48% dos CIOs já implantaram ou planejam implantar Inteligência Artificial (IA) no próximo ano. No agronegócio, a IA está sendo usada para transformar dados em decisões estratégicas, permitindo maior eficiência e precisão. De acordo com a PwC, 69% dos CEOs do agronegócio acreditam que a transformação tecnológica será um fator de impacto significativo nos próximos três anos. E 71% acreditam que o uso de tecnologias emergentes aumentará a eficiência no setor.
Inovações Tecnológicas na Agricultura: A Revolução dos Maquinários Agrícolas

A tecnologia tem sido um fator chave no avanço dos maquinários agrícolas, trazendo inovações que estão transformando a agricultura moderna. O crescimento exponencial da agricultura exige maior eficiência nos processos produtivos, e é aqui que as tecnologias digitais entram em ação. Tecnologias Digitais na Agricultura: IoT, Inteligência Artificial e Big Data Com o uso de tecnologias digitais como a Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (AI) e big data, os maquinários agrícolas estão se tornando cada vez mais precisos, eficientes e autônomos. Isso resulta na mecanização de processos e na redução dos riscos operacionais para os produtores rurais. Agricultura de Precisão: Sensores, GPS e Softwares de Gestão A agricultura de precisão é uma das principais inovações, utilizando sensores, GPS e softwares de gestão para coletar e analisar dados do solo, clima e culturas. Isso permite ajustes precisos nos maquinários agrícolas, otimizando o uso de insumos como fertilizantes e defensivos agrícolas, aumentando a produtividade e o retorno sobre o investimento. Conectividade nos Maquinários Agrícolas A conectividade é outro ponto crucial, possibilitando o monitoramento remoto das máquinas e a tomada de decisões mais assertivas. A conexão entre máquinas facilita os processos e automatiza tarefas, aumentando a eficiência operacional. Automação e Autonomia dos Maquinários Agrícolas Os avanços tecnológicos permitiram o desenvolvimento de maquinários agrícolas autônomos, como tratores e colheitadeiras, que podem operar sem intervenção humana direta. Esses equipamentos realizam tarefas como aragem, plantio e colheita de forma automática, sob supervisão remota, aumentando a eficiência e reduzindo os custos operacionais. Uso de Drones na Agricultura Os drones se tornaram ferramentas essenciais na agricultura, permitindo o monitoramento de grandes áreas com rapidez e precisão. Equipados com sensores e câmeras, eles ajudam na identificação de problemas nas lavouras, otimizando o manejo agrícola. Parceria John Deere e SpaceX: Conectividade com Satélites Starlink Recentemente, a parceria entre John Deere e SpaceX trouxe uma nova revolução ao conectar máquinas agrícolas aos satélites Starlink. Essa inovação promete automação de processos e conectividade de alta qualidade, tornando a operação dos maquinários agrícolas ainda mais precisa. A previsão é que essa tecnologia esteja disponível nos EUA e no Brasil até o final de 2024. Tecnologia Embarcada: Inovações nos Materiais A inovação nos maquinários agrícolas vai além da conectividade e automação. A Höganäs AB, por exemplo, desenvolve pós metálicos usados no revestimento de componentes de tratores e colheitadeiras, aumentando sua durabilidade e eficiência. Futuro da Tecnologia nos Maquinários Agrícolas Essas são apenas algumas das tecnologias que estão sendo incorporadas aos maquinários agrícolas, trazendo mais eficiência, produtividade e sustentabilidade para o setor. Com o avanço contínuo da tecnologia, podemos esperar ainda mais inovações no futuro dos maquinários agrícolas. Conectividade no agro: John Deere x SpaceX Recentemente, a grande empresa de tecnologia SpaceX firmou parceria com a John Deere (Deere Company), para fornecer serviços de conectividade via satélite aos agricultores, através de uma conectividade com as máquinas da John Deere. A conexão será feita através da rede Starlink, permitindo que os agricultores que enfrentam desafios de conectividade rural possam desfrutar de tecnologias agrícolas mais precisas e que podem trazer um melhor aproveitamento de insumos com mais produtividade. Tal parceria, espelha a revolução tecnológica rural, que a cada dia, busca depender menos da mão de obra trabalhadora, automatizando processos, dirimindo riscos operacionais e procurando reduzir a cadeia de custos do produtor rural. Link matéria Money Times JOHN DEERE ANUNCIA STARTUPS PARA ACELERAÇÃO, ENTRE ELAS, UMA BRASILEIRA Com programa em vigor desde 2019, o Startup Collaborator Program, desenvolve a interação com empresas iniciantes que possam agregar valor para os clientes, com a inovação alimentando o ecossistema John Deere com soluções que vão desde a inteligência de dados até a antecipação de recebíveis e gestão da cadeia. Entre as escolhidas, o Brasil marcou presença com a logtech brasileira goFlux, uma plataforma digital para o mercado de fretes, indicado pela AgTech Innovation, maior hub de inovação no agronegócio na América Latina, que conta com mais de mil jovens empresas brasileiras da área de agronegócio em sua comunidade. A escolha da goFlux pela John Deere, mostra o quanto grandes marcas do mercado estão preocupadas com inovar e fomentar iniciativas que enriqueçam o ecossistema atuante da empresa. A GoFlux mesmo está no mercado agro, sendo o maior marketplace de fretes do Brasil, conectando embarcadores à transportadoras. Para mais informações, entre no site deles: https://www.goflux.com.br/ Link matéria Forbes PILOTO AUTOMÁTICO INTELIGENTE: STARTUP AMERICANA HARBOT PLANEJA ATUAÇÃO NO BRASIL A HARBOT FZCO é uma startup americana, criada dentro do Campus da Universidade de Stanford University, no Vale do Silício – Califórnia, por Ilia Shkabara. O CEO juntou o ambiente financeiro de Dubai com o campo de conhecimento que é Stanford. Lá, onde estudou, contou com a ajuda do Italiano residente no Brasil, Andre Del Giudice, atuante como CEO na ACROM, no mercado de insumos agrícolas. O plano piloto do projeto foi desenvolvido no Brasil, a partir de 2022, quando o projeto ficou pronto, diz Shkabara, e, entrará apenas com o suporte técnico para a fabricação. Com isso, estão caminhando com duas parcerias para estabelecerem a manufatura do sistema no país. O CEO complementou dizendo que vão ao Agrishow – Feira de Tecnologia Agrícola em Ação exibir a tecnologia e já possuem um sistema compatível com máquinas de grandes marcas do mercado, como a John Deere , CASE Construction Equipment e Massey Ferguson . Contarão com cerca de 12 representantes no Mato Grosso e estão em conversas com a Agtech Garage voltado para o desenvolvimento da startup no Brasil. Link matéria AgFeed Imagem de capa criada por I.A. AGORA, UM CONVITE PARA VOCÊ Já se imaginou fazendo parte do universo das Agtechs? Com muita informação, novidades, eventos, network e muitas outras oportunidades. 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