Notícias da semana: IA é destaque na Améria Latina, novas rodadas

Confira as principais notícias de tecnologia e inovação em agro, alimentos e clima da semana! 🤝 Novos Deals e M&As: 📰 Notícias: 🌱 Agro: 🌤️ Clima 👩🏻‍💻 Publicações: 🎙️ Podcast: 🗓️ Editais, cursos e eventos:  Editais: Eventos: SAVE THE DATE – RURAL INVESTOR DAY No dia 04 de dezembro de 2024, vamos reunir no Cubo, em São Paulo, um time de especialistas para fechar o ano com temas de grande relevância para o planejamento e tomada de decisão em 2025: Inscreva-se gratuitamente aqui: https://ruralventures.com.br/investor-day/

O que são foodtechs? Conceitos e mercado

O que são foodtechs

Foodtechs são startups ou empresas inovadoras que aplicam tecnologia e ciência para criar soluções no setor alimentício. Elas podem atuar em diversas áreas da cadeia de produção e consumo de alimentos, desde o desenvolvimento de novos ingredientes e processos de produção sustentável até o uso de tecnologias para otimizar a distribuição, o consumo e a experiência alimentar. É foodtech? Faça parte (gratuitamente) do ecossistema Rural. Segundo a Grand View Research, o mercado global de tecnologia de alimentos foi estimado em US$ 172,66 bilhões em 2022 e está projetado para crescer a uma taxa composta anual (CAGR) de 9,9% entre 2023 e 2030. O aumento da demanda por automação e digitalização na cadeia de suprimentos alimentícia é um dos principais fatores que impulsionam esse crescimento. Além disso, o aumento dos investimentos e os avanços tecnológicos também têm contribuído significativamente para a expansão do mercado. No setor industrial, o mercado é segmentado em peixes, carnes, frutos do mar, frutas e vegetais, grãos e óleos, laticínios, bebidas, panificação e confeitaria, entre outros. O segmento de peixes, carnes e frutos do mar liderou o mercado de tecnologia de alimentos em 2022, representando mais de 19,0% da receita, e deve registrar o maior CAGR de 11,4% durante o período projetado. Este setor desempenha um papel crucial no mercado geral de alimentos e bebidas. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), em 2021, o processamento de carnes foi o maior componente em valor agregado no setor alimentício dos EUA, com 22,2%. Além disso, a crescente demanda por carne congelada e alternativas tem impulsionado o crescimento desse segmento. Já o Statistica estima o tamanho do mercado global de tecnologia para a indústria de alimentos em U$ 260 bilhões em 2022 e projeta U$ 360,19 em 2028. As foodtechs buscam resolver desafios como segurança alimentar, eficiência produtiva, sustentabilidade, redução de desperdícios e acesso a alimentos mais saudáveis. Há diversas tendências que o mercado de alimentos analisa em relação aos consumidores. A publicação “2024 Global Food and Drink Trends“, uma das mais importantes do setor, recomenda como as marcas podem agir frente às tendências: Exemplos de inovações dessas empresas incluem: 1. Impressão 3D de Alimentos 2. Cultivo de “Carne” em Laboratório 3. Alimentos Plant-Based 4. Blockchain para Rastreabilidade 5. Internet das Coisas (IoT) 6. Inteligência Artificial (IA) 7. Fermentação de Precisão 8. Embalagens Inteligentes e Biodegradáveis 9. Técnicas de Conservação e Processamento de Alimentos 10. Agricultura Vertical e Hidropônica 10. Redução de desperdício 11. Foodtechs de delivery A pandemia de COVID-19 teve um impacto positivo no mercado de tecnologia de alimentos, acelerando a adoção de serviços de entrega de alimentos online e kits de refeição, à medida que os consumidores priorizaram opções sem contato. Essa mudança impulsionou o aumento de investimentos em plataformas de entrega de alimentos e soluções digitais. Essas inovações são impulsionadas pela demanda crescente por alimentos mais saudáveis, sustentáveis e acessíveis globalmente.

Gestão de Risco e Oportunidades no Café Conillon

No episódio de hoje do Rural Talks, recebemos Marielle Solzki, Head de Commodities da B3, para uma conversa imperdível sobre o lançamento do novo contrato de Café Conillon. Este novo produto financeiro vem para revolucionar o mercado, trazendo mais opções de proteção e investimento para produtores, cooperativas e investidores. Vamos discutir como esse contrato pode atrair novos players e fortalecer o mercado de commodities no Brasil, além de gerar oportunidades de crescimento para o setor. Ao longo do episódio, compartilhamos insights sobre como a tecnologia, especialmente a inteligência artificial, pode ser usada para gerenciar riscos e melhorar a eficiência na produção agrícola. Também abordamos a importância da arbitragem entre bolsas e como isso afeta os contratos futuros e opções, além dos desafios relacionados ao câmbio. Outro ponto importante é a necessidade de educação contínua para facilitar o acesso dos produtores a essas ferramentas financeiras. Não perca essa oportunidade de aprender mais sobre as inovações que estão transformando o agronegócio e o mercado de commodities no Brasil. Este episódio é essencial para quem busca entender como a gestão de risco e a tecnologia podem impactar o futuro do agro.Confira no Youtube ou no Spotify: https://open.spotify.com/show/0gkC14Iy0hqJTkkvowQ8EZ E inscreva-se no canal para receber as novidades!

Notícias da semana em tecnologia e inovação em agro, alimentos e clima

Confira as principais notícias de tecnologia e inovação em agro, alimentos e clima da semana! 📰 Notícias: 🌱 Agro: 🍇 Alimentos 🌤️ Clima 👩🏻‍💻 Publicações: 🎙️ Podcast: 🗓️ Editais, cursos e eventos:  Editais: Cursos: Eventos: 💬 Frase da Semana: “O Brasil é o guardião da segurança alimentar do mundo” Alysson Ponlinelli

Tecnologias para o setor sucroenergético

A palavra “sucroenergético” é formada pela junção de dois termos: “sucro”, que tem origem no latim saccharum e faz referência à canicultura, e “energético”, do grego energeia, que se refere à produção de energia através dessa cultura. O setor sucroenergético, portanto, utiliza a cana-de-açúcar de diversas maneiras, como na produção de açúcar, etanol e bioeletricidade. Segundo a Embrapa, o Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, e, na safra de abril de 2023 a março de 2024, o setor gerou US$19,8 bilhões, ocupando a quarta posição entre as exportações do agronegócio brasileiro. Dados da Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia mostram que a cadeia sucroenergética movimenta mais de US$100 bilhões, com um Produto Interno Bruto (PIB) de cerca de US$ 40 bilhões, equivalente a aproximadamente 2% do PIB brasileiro. Além de sua relevância econômica, o setor é líder no uso de novas tecnologias, destacando-se em inovação e desenvolvimento. Entre essas tecnologias, podemos citar: O setor sucroenergético utiliza diversas tecnologias para otimizar a produção, aumentar a eficiência e reduzir os impactos ambientais. Algumas das principais tecnologias são: Biotecnologia: Mecanização e Automação: Processos de Fermentação e Destilação Avançada: Cogeração de Energia: Produção de Etanol 2G (segunda geração): Tratamento e Reaproveitamento de Resíduos: Irrigação por gotejamento e pivô central: Sistemas que garantem uma melhor eficiência no uso da água, principalmente em regiões de déficit hídrico. Atualmente, já há sistemas que otimizam a irrigação conforme a necessidade hídrica de determinado ponto da lavoura, considerando as informações da planta, como a evapotranspiração. Essas tecnologias buscam aumentar a produtividade e sustentabilidade do setor sucroenergético, mantendo-o competitivo globalmente.Essas tecnologias buscam aumentar a produtividade e sustentabilidade do setor sucroenergético, mantendo-o competitivo globalmente. Artigo escrito com colaboração do AgroIBMEC. Imagem de capa criada com I.A.

Logística no Agronegócio: desafios e oportunidades

Logística no Agronegócio: desafios e oportunidades

O Brasil é o maior produtor global de soja, café e cana-de-açúcar, o segundo maior em suco de laranja e carne bovina, e o terceiro em milho. Em 2023, o agronegócio brasileiro produziu R$ 2,62 trilhões, representando 24,1% do PIB do país, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Exportações Recordes no Agronegócio Em 2023, o Brasil consolidou sua liderança nas exportações de soja, açúcar, café, suco de laranja, carne bovina, carne de frango, tabaco e celulose, respondendo por 49% das exportações totais do país, com um recorde de US$ 166,55 bilhões, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX). Perdas Logísticas: Um Desafio para o Agronegócio Apesar dos avanços, o Brasil enfrenta desafios na logística do agronegócio, com perdas estimadas em US$ 750 milhões por safra de grãos, segundo Carolina Hernandez Tascon, da VLI Logística. O transporte rodoviário, três vezes mais caro que o ferroviário e seis vezes mais caro que o hidroviário, representa um grande custo. As perdas logísticas incluem armazenagem externa à fazenda (42,57%) e transporte rodoviário (23,77%), de acordo com o Sistema de Informações de Perdas de Pós-Colheita (SIPPOC), do Grupo de Pesquisa em Logística Agroindustrial (ESALQ-LOG). Desafios e Soluções: Logística e Tecnologia no Agronegócio Em uma pesquisa realizada pela Globo Rural, 41,5% dos executivos do agronegócio apontaram a logística como o principal desafio para 2023, seguido por mão de obra (26,1%) e tributação (25,4%). Para enfrentar esses desafios, o setor está buscando soluções tecnológicas, como o monitoramento de frotas, que permite rastrear veículos, otimizar rotas e reduzir custos operacionais, melhorando a eficiência logística. Startups Inovadoras: Strada e goFlux Neste cenário, startups como Strada e goFlux estão revolucionando a logística do agronegócio. Ambas focam em conectar os diversos elos da cadeia logística, promovendo maior eficiência e transparência. As soluções dessas empresas oferecem ferramentas de gestão e monitoramento, ajudando a otimizar o transporte e reduzir perdas no setor. A Rural Ventures entrevistou as duas startups, oferecendo uma visão aprofundada sobre como essas tecnologias estão moldando o futuro da logística agrícola no Brasil. Clique abaixo para assistir aos episódios do podcast da Strada e goFlux no Rural Ventures Podcast!

Big Data e Agricultura de Precisão

Big Data e Agricultura de Precisão

A tecnologia transformou todos os setores, incluindo o agronegócio. Com a digitalização, grande parte das operações agora é realizada de forma online e automatizada, gerando uma infinidade de dados essenciais para a tomada de decisão. Como destacou o matemático britânico Clive Humby, “dados são o novo petróleo”, evidenciando o valor da informação na era digital. E, se com menos informação disponível a produtividade da agropecuária brasileira aumentou 400% entre 1975, segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), há um enorme potencial de crescimento com a precisão de dados, também necessária para a resiliência climática em um cenário cada vez mais desafiador. Big Data: O Novo Motor da Indústria 4.0 De acordo com a IDC, geramos diariamente cerca de 2,5 quintilhões de dados, um volume que representa o conceito de big data. Essa revolução tecnológica está diretamente associada à Indústria 4.0, um termo criado por Klaus Schwab, fundador do Fórum Econômico Mundial, em 2016, para descrever a quarta fase da revolução industrial. No agronegócio, essa revolução digital tem mudado significativamente o setor, especialmente com a crescente adoção de tecnologias de precisão. Agricultura de Precisão: Uma Nova Era para o Agronegócio A agricultura de precisão (AP) é uma metodologia que utiliza dados para gerenciar propriedades agrícolas de forma mais eficiente. De acordo com um relatório da Berg Insight, o mercado global de soluções de agricultura de precisão crescerá de 3,1 bilhões de euros em 2022 para 5,2 bilhões de euros até 2027, com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 11,4%. Esse crescimento reflete o potencial de big data e tecnologias avançadas em aumentar a produtividade e resiliência do setor. A Importância da Coleta de Dados no Agronegócio A coleta de dados é o primeiro passo para uma tomada de decisão precisa no agronegócio. Atualmente, as principais formas de coleta de dados nas fazendas incluem: Inteligência Artificial: O Futuro da Tomada de Decisão no Campo Com o aumento da coleta de dados no agronegócio, cresce também a necessidade de armazenamento em nuvem e de ferramentas mais robustas de análise. Segundo uma pesquisa da Gartner, 48% dos CIOs já implantaram ou planejam implantar Inteligência Artificial (IA) no próximo ano. No agronegócio, a IA está sendo usada para transformar dados em decisões estratégicas, permitindo maior eficiência e precisão. De acordo com a PwC, 69% dos CEOs do agronegócio acreditam que a transformação tecnológica será um fator de impacto significativo nos próximos três anos. E 71% acreditam que o uso de tecnologias emergentes aumentará a eficiência no setor.

A Importância da Segurança Jurídica no Agronegócio Brasileiro

A Importância da Segurança Jurídica no Agronegócio Brasileiro

A segurança jurídica no agronegócio é essencial para garantir a estabilidade e previsibilidade das leis que regem as atividades agrícolas e rurais. O Brasil, com suas vantagens em solo fértil, clima favorável e vasta extensão de terras, enfrenta desafios quando se trata de oferecer segurança jurídica para produtores rurais e investidores. A insegurança jurídica no agronegócio gera incertezas, impactando desde as ocupações irregulares de terras até a volatilidade das operações de commodities. Insegurança Jurídica no Campo: Ocupações Irregulares e Instabilidade no Mercado de Commodities Um dos principais problemas enfrentados pelos produtores rurais são as ocupações irregulares de terras. A Constituição Federal, em seu Artigo 5º, incisos XXII e XXIII, garante o direito à propriedade e estabelece que essa deve atender à sua função social. Portanto, a invasão de propriedades rurais viola um direito constitucional. Para combater esse problema, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) criou um canal de denúncia anônima, permitindo que os produtores reportem casos de invasão de terras. Esse recurso busca melhorar o monitoramento e oferecer apoio jurídico aos produtores afetados. Além das ocupações irregulares, a instabilidade no mercado de commodities agrícolas também contribui para a insegurança jurídica. A variação de preços pode romper contratos e prejudicar uma das partes envolvidas. Em agosto de 2023, no V Congresso Nacional de Direito Agrário, foi proposta uma solução para evitar prejuízos com a “Alteração Superveniente das Circunstâncias nos Contratos de Commodities”. Essa medida visa proteger tanto compradores quanto vendedores, estabelecendo um equilíbrio entre as partes em caso de oscilações extremas de mercado. A Recuperação Judicial no Agronegócio: Uma Solução para a Crise Outro mecanismo importante para garantir a segurança jurídica e proteger os produtores rurais é a Recuperação Judicial (RJ). Este instrumento legal permite que produtores em dificuldades financeiras possam renegociar suas dívidas e reestruturar suas operações. Entre janeiro e setembro de 2023, o Brasil registrou 80 pedidos de recuperação judicial, um aumento de 300% em relação a 2022, de acordo com dados do Serasa Experian. Os estados de Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul lideram o número de pedidos. O crescimento dos pedidos de RJ reflete a importância desse mecanismo em um setor de alto risco como o agronegócio, onde os produtores rurais são os únicos indivíduos que podem solicitar recuperação judicial sem a necessidade de um CNPJ. Isso proporciona uma oportunidade única para reorganizar suas finanças e evitar a perda de ativos. O Impacto da Segurança Jurídica no Desenvolvimento do Agronegócio A falta de segurança jurídica no Brasil ainda é um grande desafio para o desenvolvimento do agronegócio. A complexidade das leis agrárias e a lentidão do sistema judicial geram incertezas que desestimulam investimentos. Melhorias na eficiência do poder judiciário e na aplicação das leis são essenciais para criar um ambiente estável e confiável para produtores e investidores. A segurança jurídica é crucial para garantir a sobrevivência e o crescimento do setor. Sem ela, o Brasil corre o risco de perder competitividade no cenário global, apesar de ser um dos maiores produtores agrícolas do mundo. Apesar de contribuir para a superação financeira, o aumento de pedidos de RJ exige cautela, por evidenciar os crescentes desafios financeiros do setor, sejam internos, como alavancagem e problemas na administração, como externos, como as irregularidades climáticas. E, em um ano em que as consequências do fenômeno El Niño impactaram em perdas de produtividade e quebras de safra em diferentes regiões e culturas agrícolas, a RJ tem sido um instrumento necessário para a continuidade da atividade de muitos produtores rurais, representando um fôlego para honrar os compromissos até a próxima safra.

Sustentabilidade no Agronegócio Brasileiro: Inovação e Preservação

A sustentabilidade tem sido um tema central na agenda global, com conferências e acordos internacionais destacando a importância da preservação dos recursos naturais e do enfrentamento dos desafios climáticos. Esse cenário tem colocado uma pressão significativa sobre o setor privado para adotar práticas sustentáveis e rever suas cadeias produtivas. Áreas de Preservação Permanente e o Agronegócio No Brasil, a legislação obriga a preservação de Áreas de Preservação Permanente (APPs), fundamentais para proteger recursos hídricos, biodiversidade e a paisagem natural. Isso demonstra o compromisso do país com a sustentabilidade, exigindo que os produtores rurais utilizem manejos sustentáveis nas áreas de produção, contrastando com práticas de concorrentes internacionais. Inovação e Sustentabilidade no Agronegócio: Oportunidades para Investidores O mercado de inovação no agronegócio está em alta, especialmente para investidores de Venture Capital. Startups têm se destacado por unir soluções tecnológicas com impacto sustentável. A Rural Ventures tem observado um aumento de startups com foco em inovação verde, e a sustentabilidade é um dos fatores determinantes na análise de novos projetos. Startups de Destaque no Setor Agro Dentre as startups que se destacam, a umgrauemeio oferece soluções para a gestão de risco de incêndios com uso de inteligência artificial, prevenindo a emissão de carbono com a detecção antecipada de incêndios. Em 2023, a empresa relatou a prevenção de 18 toneladas de CO2 na atmosfera. Outra startup relevante é a Preservaland Inc., que atua no compliance de áreas florestais de compensação, verificando e documentando a regularidade dessas áreas para a emissão de créditos de carbono, fortalecendo o mercado de carbono no Brasil. O Agronegócio Brasileiro como Referência Global em Sustentabilidade O agronegócio brasileiro já está consolidado como um dos mais sustentáveis do mundo. Em 2021, o setor alimentou mais de 10% da população mundial, segundo a Embrapa. Com mais de 63 milhões de hectares de lavouras, o Brasil utiliza apenas 7,8% do território nacional para produção agrícola, reforçando seu compromisso com a preservação. O Impacto Econômico e Social do Agronegócio no Brasil Em 2023, o agronegócio gerou um faturamento de R$ 2,62 trilhões e foi responsável pela criação de 10 milhões de empregos no Brasil, desempenhando um papel crucial na economia nacional e global. Além disso, o país está entre os cinco maiores produtores de commodities do mundo, consolidando-se como um ator-chave na segurança alimentar global. Baixas Emissões de Carbono: O Brasil em Destaque Comparado a outros grandes países produtores, o Brasil tem uma das menores taxas de emissão de carbono, representando apenas 3% das emissões globais, segundo o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA). Isso coloca o país em uma posição de destaque em termos de sustentabilidade no agronegócio, superando países como Estados Unidos, China e União Europeia. Preservação de Biomas: Compromisso com o Meio Ambiente O Código Florestal Brasileiro impõe que os produtores rurais preservem entre 20% a 80% de suas terras, dependendo do bioma. Na Amazônia Legal, por exemplo, 80% das propriedades devem ser preservadas, enquanto no bioma Cerrado, a exigência é de 35%. Isso coloca o Brasil como o único grande produtor global com essa extensão de áreas protegidas.

Fiagros e sua Importância no Agronegócio

Fiagros e sua Importância no Agronegócio

O agronegócio brasileiro oferece inúmeras formas de investimento, como LCA e CRA. Em 2021, surgiu o Fiagro, um fundo que investe em diferentes elos da cadeia produtiva do agronegócio, abrangendo desde imóveis rurais até ativos relacionados à produção agrícola. Os Fiagros podem ser divididos em três categorias: Fiagro FII (imobiliário), Fiagro FIP (participações) e Fiagro FIDC (direitos creditórios). Atualmente, existem 107 Fiagros em operação no Brasil. Em 2023, foram registrados 57 novos fundos, representando um crescimento de 114% em relação ao ano anterior. O volume de captação líquida em 2023 foi de R$ 3,8 bilhões. O Protagonismo dos Fiagros Imobiliários (FII) Dentre as categorias de Fiagro, o Fiagro FII tem se destacado. Apesar de uma leve queda na captação líquida, que foi de R$ 2,9 bilhões em 2023 contra R$ 3,1 bilhões em 2022, ele continua liderando o segmento. Já os Fiagro FIP, que apresentam a menor participação, também registraram queda, passando de R$ 19,2 milhões para R$ 9,9 milhões no mesmo período. Por outro lado, os Fiagro FIDC mostraram um crescimento expressivo, aumentando a captação líquida de R$ 635,1 milhões em 2022 para R$ 846,4 milhões em 2023, um aumento de 33%. A Demanda de Crédito no Agronegócio Em 2023, o setor agropecuário brasileiro teve uma demanda estimada entre R$ 800 bilhões a R$ 1 trilhão, segundo o Itaú BBA, o que impulsionou a popularidade dos Fiagros como alternativa para crédito no mercado privado. Com esse cenário favorável, as emissões de ofertas públicas cresceram 20,8%, atingindo R$ 8,8 bilhões. Os FIIs lideraram com R$ 7,2 bilhões, seguidos pelos FIDCs com R$ 1,6 bilhões, um aumento de 143% em comparação a 2022. Patrimônio Líquido dos Fiagros O patrimônio líquido dos Fiagros também cresceu significativamente em 2023, registrando um aumento de 72%, passando de R$ 11,9 bilhões para R$ 20,5 bilhões. O Fiagro FII novamente lidera, com 81,4% desse total (cerca de R$ 16,7 bilhões), seguido pelos FIDCs, que representam 17,5% (R$ 3,6 bilhões), e pelos FIPs, com 1,1% (R$ 176 milhões). Oportunidades de Investimento no Setor Os Fiagros estão buscando oportunidades em áreas deficitárias no agronegócio, como o financiamento de silos e estruturas de armazenagem. Atualmente, o Brasil possui um déficit de armazenagem de cerca de 120 milhões de toneladas, uma área com grande potencial de crescimento. Perspectivas para 2024 e o Avanço da Regulação Especialistas, como Octaciano Neto, diretor de agronegócio do Grupo Suno, apontam para um panorama positivo dos Fiagros em 2024, especialmente com a expectativa de regulamentação definitiva pela CVM. Essa regulamentação pode tornar os Fiagros mais acessíveis, permitindo a inclusão de CPRs financeiras no portfólio, um ativo de emissão mais simples e menos custoso que os CRAs. Startups Facilitando o Acesso ao Crédito Com o avanço do mercado de Fiagros, startups como a Campo Capital P2P estão conectando produtores rurais a investidores, oferecendo CPRs a partir de R$ 5 mil. Essas plataformas são fundamentais para democratizar o acesso ao crédito e integrar novos Fiagros, fomentando um ciclo virtuoso de crédito e investimento no agronegócio.