A “América Latina faz como ninguém”. O relatório “Transformação Digital na América Latina 2024“, da Atlantico, examina o panorama digital e de investimentos na região, destacando seu potencial para inovação, crescimento e novas oportunidades.
Considerada uma das principais publicações para o mercado latino, o relatório analisa a evolução do mercado e o crescimento de empresas de tecnologia como o Mercado Livre, Nubank e iFood, além de enfatizar a importância crescente das fintechs e da regulamentação.
Também aborda o papel da América Latina na transição energética, destacando seus recursos naturais e o aumento do uso de energias renováveis, assim como a utilização da inteligência artificial como um motor transformador para empresas e sociedade, explorando os desafios e oportunidades de sua implementação na região.
Desafios de investir na América Latina
Além disso, também oferece uma visão abrangente sobre o cenário positivo de investimentos em venture capital, abordando tendências de investimento, retorno de fundos e o papel dos family offices, apesar das dificuldades.
O relatório inicia com obstáculos estruturais importantes na região:
- Escassez de Talentos
- Alto Custo de Capital
- Déficit de Infraestrutura
- Alto Custo de Capital
Potencial de investimentos em transformação digital na América Latina
Mas, como a “América Latina faz como ninguém”, destaca que os índices de transformação digital de 2,9% (LATAM) e 3,5% (Brasil) são como um copo que está enchendo e pode alcançar U$ 4,17 trilhões (LATAM) e U$ 1,44 trilhões (Brasil).

E este potencial vem do histórico de crescimento da transformação digital, expressivo entre 2016 e 2020, com a eventual queda nos anos pandêmicos e retomada nos subsequentes, demonstrando os futuros ganhos acumulados do amadurecimento do ecossistema na região.

E os investimentos dos fundos de Venture Capital na América Latina têm apresentado resultados positivos, sendo 24% deles entre os 5% de melhores retornos.

Com melhores retornos e todo o potencial da região, os investimentos em Venture Capital retomaram aos níveis pré-covid, com tendência de crescimento, acompanhando a atividade global. Esta que atingiu US$ 124 bi no primeiro semestre de 2024, acima da faixa entre US$ 122 bi do primeiro semestre de 2019 e US$ 120 bi no primeiro semestre de 2020.
Na América Latina, entre o segundo semestre de 2023 e 2022, a atividade de investimento ficou entre US$ 2,2 bi e US$ 1,8 bi.
Durante a pandemia, houve um aumento expressivo da atividade de investimentos globalmente, que hoje é considerada por alguns especialistas como “hype”, com muita especulação no mercado. A retomada agora, segundo o relatório, apresenta “tendências estáveis” e pode apresentar mais sustentabilidade nos negócios a medida que o ecossistema amadurece.

E com o destaque no amadurecimento e retornos positivos, as empresas latinas têm atraído cada vez mais investidores globais.

Além dos family offices, que até então diversificavam seus investimentos em ativos de menor risco.

De forma geral, a publicação apresentou resultados ainda mais positivos que no último ano com um otimismo não só relacionado ao Venture Capital mas também dos fundadores de startups e a resiliência do povo LATAM, que “não é para principiantes”, mas para um povo que vibra e empreende todos os dias e, parafraseando Ney Matogrosso, enfrentando os caminhos tortos, com o nosso sangue latino.
